O grupo formado por cinco jovens (amantes de uma boa zueira) da periferia de Guarulhos que ganhou o mundo na primeira metade da década de 90 e passou por essa terra como um meteoro, sendo possível vislumbrar apenas por alguns instantes, mas que deixam um marco eterno na mentetodos e até hoje faz história. Eu tinha sete anos de idade quando, por obra do destino, incompetência do piloto, defeito técnico ou o que quer que tenha sido, o avião caiu na Serra da Cantareira (SP) e arrancou de nós a alegria dos Mamonas. Não adianta comentar todo o ocorrido para não criar clima fúnebre, nem ficar relembrando o que ocorreu de ruim, pois não é esse o objetivo, e sim destacar o que eles deixaram de melhor. O que destaco são dois pontos: a fusão de duas artes que são amadas por todos - música e humor - e o legado deixado pelo Dinho.
Todo mundo gosta de música e o que os Mamonas fizeram foi algo fora do convencional, algo de outro mundo. Produzidos pelo Rick Bonadio, um dos melhores produtores/empresários do ramo musical no Brasil, eles venderam 1 milhão de cópias em menos de três meses, o que prova que o som deles agradava tanto a gregos, quanto troianos. Tanto a pagodeiros, quanto metaleiros. Agregado ao BOM HUMOR e ao carisma de todos da banda, o “metal farofa” dos caras conquistaram todo o Brasil.
Mas de todos os vídeos já vistos, o que ressalto é o que rola em um show em Guarulhos, terra natal dos caras, no dia 6 de janeiro de 1996, quando o Dinho dá uma injeção de ânimo na galera. “Disseram que a gente não ia chegar, mas nós estamos aqui, p...! O impossível não existe. Então luta pelo seu sonho. Acredite em você. Luta por você e você vai chegar onde você quer!”, disse ele em um dos poucos momentos de seriedade. Quem já viu sabe o que estou dizendo e, se for mamoníaco como eu, com certeza sente a mesma coisa quando vê esse vídeo. Se vê-lo infinitas vezes, infinitas vezes vai sentir essa sensação.
Mas o que chama a atenção é o fato de pessoas que nos fazem ter momento de prazer, ao menos que seja rindo, vão embora rapidamente, enquanto desgraçados sanguessugas como o Arruda, Collor, Geddel e outros espécimes desse calão continuam executando suas peripércias. Esses o diabo não carrega! Bem que poderíamos negociar com Deus: o Mamonas pelo Pagodart, Fiuk, Netinho de Paula, Felipe Dylon e ainda três bandas de axé, quatro políticos e uns quatro times de futebol. Acho que sairíamos ganhando ainda. Como não é possível, fica o nosso apelo a você: ria, faça rir, seja um sujeito gozado (entenda como quiser) mesmo que pareça ridículo aos que não têm senso de humor. Viva com prazer e tenha prazer em viver. Seja como os gênios do humor dos Mamonas que até hoje são lembrados mais do que pelo seu som, pelas suas letras bem humoradas, suas estripulias e seus atos insanos.
por Diego "Fininho" Barreto
4 COMENTÁRIOS:
Isso diz tudo sobre eles.
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