A beleza da democracia

Até o meado da década de 80, nós brasileiros, pessoas politizadas e de senso crítico bastante aguçado, tínhamos como líderes da nação homens que eram ‘premiados’ com cargos humildes, tais como senadores, governadores e o nada importante de presidente da república. Após muita luta, à base de sangue, suor e lágrimas (além de pau, pedra, revólver, míssil e bomba nuclear), foi eleito pelo voto direto – aquele que a população tem o poder de optar quem irá ser o líder político nos próximos quatro anos – ninguém mais ninguém menos que Fernando Affonso Collor de Melo, vulgo Fefê, o que mostra com clareza como sabemos escolher nossos governantes. Fefê foi um presidente tão bondoso que teve a humildade de dividir o seu período com outro presidente, cedendo mais da metade do seu mandato ao vice, Itamar Franco (aquele mesmo babaca que conseguiu ser enganado pelo Danilo Gentili, no manjado quadro “Repórter Inexperiente”, do CQC).

Graças aos otários, digo, aos mártires que lutaram para que hoje pudéssemos escolher nossos representantes, tendo sido Fefê o precursor dos eleitos (por isso vemos a qualidade que está), vivenciamos hoje essa beleza que é a democracia brasileira. Prova disso são os três nomes mais fortes que temos para assumir a presidência da república em 2011:

Dilma Rousseff

Uma das mulheres que temos como opção, podendo embelezar a nossa capital federal, para a nossa decepção, parece mais macho do que muito homem pintudo. Conhecida como “dama de ferro”, Dilma parece ter o senso de humor oxidado há um tempo enorme. Nascida em berço de ouro e curtindo os ideais socialistas porque as más línguas diziam que Marx e Lênin eram sarados, curtiam brotos e gostavam de surfar e fumar maconha na orla da cidade (como todo burguesinho faz), “a mulher que não ri” é a preferida do presidente Molusco para herdar o seu cajado. Nada de se estranhar, vindo de um cara que parece ser o único que a suporta. Além do louco do marido, claro, por saber que ela é de família rica.

Marina Silva

No auge dos seus 52 anos, um corpinho de garota de 8 anos (e 20 kg), mas cara de uma senhora de 90, Marina é a prova real de que há vida no Acre – se é que ele existe mesmo. Nativa dos seringais, filha de marmanjo que tira leite do pau para sobreviver, nas eleições de 1994 foi a deputada estadual mais votada do seu estado, ou seja, recebeu o voto de 30 pessoas: o pai, a mãe e seus 27 irmãos. Porém o que mais chama a atenção em Marina é o seu jeito peculiar de se vestir, assemelhando-se apenas com Heloísa Helena (portadora de uma única camisa branca, doada pelo Senador Babá, quando este ainda dava mamadeira a ela), além da sua cara de menina simples. Simplesmente medonha.

José Serra

Esse indivíduo dispensa comentários. Do alto dos seus 68 anos e um pé na cova, é o típico brasileiro que não desiste nunca. Não me refiro ao fato dele ser candidato a presidência e todo ano sempre tomar porrada, e sim por ele não desistir de expor sua cara linda na TV, mesmo sabendo que pessoas enfartam quando veem seu lindo sorriso desdentado, restando apenas os caninos. Não é à toa que o chamam de vampiro. Além de sempre abrir as pernas para a Rede Globo (reza a lenda que ele tem um filho emprenhado por um dos Marinho, chamado Peixe-Espada), Serra, o vampiro, é o pior dos três candidatos tratando de beleza. Principalmente a interior: fontes confiáveis de Águas de Meninos me informaram que sua mulher não suporta seus flatos noturnos expelidos soando um leve “plim plim”.

Lindos como são, foi o que Nossa Senhora da Desgracença Política nos deu como opções. Mas o fato é que escolhendo errado (se é que temos chance de acerto), quem se arromba somos nós. Confesso a todos que me encantei com a beleza dos nossos presidenciáveis e os elegi, com empate técnico, musos do ano. Tenho certeza que, qualquer dos três sendo eleito, irá agradar a população com o seu governo tanto quanto agradam as revistas de beleza. Não falo da Globo Rural, frise-se.


por Diego "Fininho" Barreto